quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O que é o GEN?




As últimas décadas do século XX foram marcadas por mudanças profundas que varreram toda a superfície do planeta. Diante de novidades como a organização de um mercado cada vez mais global, a retração da força política do Estado-nação e a revolução da informática, não se pode deixar de notar que um dos mais notáveis acontecimentos de nossos tempos foi o desaparecimento do grande antagonismo entre os países socialistas e capitalistas. O fim dessa polaridade gerou diversas conseqüências, dentre quais a tendência ao desaparecimento da capacidade crítica em relação ao funcionamento geral do sistema capitalista, agora substituída por novas e adequadas formas de luta voltadas para problemas como, por exemplo, o gênero, a etnia e a sexualidade.


Por sua vez, o novo século parece trazer consigo novas configurações do ato de resistência, apontado a possibilidade de uma conexão mais profunda entre os movimentos sociais, o trabalho e as novas formas críticas da exploração capitalista. A produção intelectual de Antônio Negri e suas parcerias com Michael Hardt, advindas da experiência do operaísmo italiano, entre outros, abriram um espaço importante para a reflexão sobre o esse novo momento. O Grupo de Estudos Nômades (GEN) busca construir um espaço concreto para o debate sobre as possibilidades de resistência em nossos tempos, com reuniões quinzenais na Faculdade Cesat.


No semestre de 2009/2, o GEN pretende retomar os estudos. O primeiro ano de existência do grupo teve por objetivo estudar as diversas concepções de resistência por meio do pensamento de Michel Foucault e Gilles Deleuze. A nova proposta é retomar os estudos, que serão voltados para a noção de Império, multidão e comum, além de também abordar as novas perspectivas da crítica advinda do operaismo italiano, tema bastante em voga na discussão acadêmica atual no que diz respeito à globalização, os meios de comunicação e os novos movimentos sociais.


Nosso objetivo é pensar o ato de resistência no contexto pós-moderno, assim como as possibilidades de criação de espaços de vida política comum na Era do Império.



Em breve mais informações sobre inscrição e as datas dos encontros.

2 comentários:

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  2. já que a internet pode ser um local do qual as potencialidades da multidão são naturalmente ou artificialmente criadas e o indivíduos que se apropriam dessa possibilidade de comunicação formam dinâmicas que se enquadram nas relaçãos sociais colaborativas da web e isso têm provocado diversas mudanças no modo de
    produção e organização social. A Internet assume a posição de esfera pública interconectada,
    onde usuários e produtores de informação passam a se auto-organizar, dividir papéis e atuar
    de forma coletiva na produção de conhecimento, além de definir e controlar suas próprias
    regras e valores em ambientes específicos. As mídias sociais ajudam a intensificar as relações
    entre indivíduos, e a sistematizar a produção e a disseminação de conhecimento. Neste
    contexto, os governos são desafiados a modernizar suas estruturas, promover a participação
    social e a gestão centrada nos cidadãos. Por isso digam NÃO ao AI5 digital que pretende censurar, limitar, controlar mais que já é a web.

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