quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
ninguém regula a América.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Difusão Cultural
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
CAIXAS-MÁQUINAS-MUNDO DE PANDORA.
Murilo Esteves Junior
www.twitter.com/muriloejunior
muriloejunior@gmail.com
Os brinquedos infantis são verdadeiras caixas de pandora. E o Circuit Bending vem trazer à tona toda a possibilidade de criação aleatória e caótica desses brinquedos. A princípio, temos um teclado infantil com seus sons de guitarra e pianos pré-moldados e fabricados no modo fordista. Um “bender” resolve abrir essa caixa, tornar “livre” o hardware. As possibilidades de transformar os sons em algo novo são infinitas, horas de experimentações são possíveis, ondas sonoras aleatoriamente alienígenas. Vamos descobrindo o circuito e a arquitetura que há pouco era fechada e restrita; agora estamos livres para nos apropriarmos da maneira que bem quisermos dessa caixa, que ainda não conhecemos muito bem, mas sabemos como funciona e como queremos usá-la: aleatoriamente, experimentalmente e totalmente aberta, para que funcione de acordo com nossos desejos.
Os computadores são verdadeiras caixas-máquinas: máquinas que criam e comandam outras caixas-máquinas, mas são, em sua maioria, caixas fechadas graças às licenças proprietárias. Tanto em Hardware quando em Software, as caixas-máquinas são lacradas. O novíssimo Macbook, que é desejo consumista dos entusiastas da ciber-elite, é o exemplo claro desse sistema fechado da caixa de pandora proprietária. O novo modelo desse laptop é um monobloco (caixa) fechado, tendo parafusos apenas em sua parte de baixo. A empresa alega que isso é em função da economia de bateria, mas sabemos claramente que a Apple é uma empresa proprietária que desenvolve quase todos os componentes de seus computadores com códigos fechados. A arquitetura tanto dos softwares quanto dos hardwares são distintas da maioria dos outros computadores, o que faz com que o conhecimento e a possibilidade de “liberdade” de conhecimento e modificação sobre esse produto seja quase impossível. Ficamos, assim, a mercê de uma caixa fechada, que usamos como os fabricantes bem entendem e nos pré-determinam, já que a caixa não pode ser modificada.
Todos podem usá-la como um computador, podendo ainda adquirir diversos usos como uma máquina de escrever, um instrumento musical ou até mesmo um controlador de eletricidade. A partir do momento que temos acesso às estruturas, às dinâmicas e aos processos interiores, podemos reinterpretar quaisquer dados de uma nova maneira, interagindo inesperadamente com outros objetos.
O software livre PureData (PD) é um exemplo dessa reapropriação, rearticulação e modificação de sinais digitais e analógicos.
Sabendo operar e transformar um sinal, podemos criar novas ferramentas para o nosso mundo e tornar os locais mais acessíveis e mais personalizados a cada um de nós, a computação ubíqua já está diante de nós, vivemos numa única grande caixa.
Um exemplo de hibridização de sinais analógicos/ digitais é o hardware livre arduino.
Já não é mais ficcional imaginarmos locais que nos reconheçam quando adentramos nele, ou melhor, podemos ser reconhecidos em qualquer lugar do planeta graças às tecnologias de controle como RDIF, GPS e outros micro-chips - Deleuze e Guattari já previam isso na sociedade de controle. A caixa-planeta-big-brother está aí, e é usada para recolher dados que nem sempre queremos fornecer.
E os dados que queremos ter acesso? Será sempre um processo de hackeamento? De benders? Será sempre uma invasão, uma destruição e uma fuga? Um êxodo pra dentro do próprio sistema a fim de mostrar os antagonismos, mas também de habilitá-lo e torná-lo comum? A princípio, a abertura dessas caixas-máquinas-mundo-pandora, pode parecer subversiva e criminosa, mas é um desejo comum da multidão conhecer essas dinâmicas escondidas. É a necessidade de tornar o conhecimento de fluxos de bit, dados, sinais e eletricidade comum. Precisamos trazer isso para o cotidiano, para que todos nós, com o conhecimento socializado, possamos nos apropriar dos elementos da maneira como bem quisermos. Cada um pode, a partir de uma caixa comum, utilizá-la de maneira análoga às outras pessoas.
Não podemos mais estar à mercê de um ciber-elite que detém o conhecimento dos processos de reprodução das máquinas. Não podemos mais consumir produtos fechados que vem até nós com uma única funcionalidade. É hora de abrir os circuitos, causar verdadeiras panes e distorções sonoras e elétricas. Preferimos o caos criativo e inovador à repetitiva reprodução monótona.
As coisas são aquilo que vemos, mas podem ser mais que isso. Pois “sabendo portá-la, toda ferramenta é uma arma”.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
O Império Contra Ataca
Thamiris Souza
Apesar das aparências o império não acabou com a independência das ultimas colônias africanas nos anos 70, hoje ainda essas mesmas colônias são exploradas e não só elas, mas também as das Américas e da Ásia continuam o ciclo de produzir e enviar riqueza para uma "metrópole".
Mas hoje as metrópoles não são tão facilmente identificadas, elas num tem um povo, uma língua, nem mesmo um ponto geográfico especifico que as caracterize, as metrópoles imperialistas do século XXI são as grandes empresas multinacionais.
Elas estão e toda a parte, envolvidas em todo tipo de negócios, e tem armas capazes de fazer valer sua vontade em qualquer parte do globo. Os ajustes do fundo monetário internacional (FMI) são um exemplo. Todas as ações impingidas pelo fundo aos países devedores como forma de liberação de mais credito tem o único objetivo de preparar o terreno para a ação das multinacionais, os bem elaborados planos neoliberais de desenvolvimento só tem como resultado o aumento da pobreza e o saque aos bens do estado.
Vale a pena falar um pouco do nosso velho amigo, o estado. Comitê para gerir os interesses comuns da burguesia, como notou Marx, o estado hoje é ainda mais maléfico. Ele vende os países mundo a fora realizando ajustes para maximizar os lucros do mercado em detrimento da miséria da população.
O fato é que como Adam Smith havia previsto, o liberalismo se tornou global, e os seus "benefícios" hoje atingem todo o mundo. A exploração que no passado foi de homem a homem hoje atingiu níveis assombrosos, as vitimas são contadas aos milhões e não existe esperança de que o cenário vá mudar.
Essa mentalidade de "lucros acima da vida humana", que vem tomando conta da humanidade desde que o fim do feudalismo, vai provavelmente causar o fim dos seres humanos como espécie. Com duas guerras mundiais e uma fria no currículo acho que os impérios do século XXI estão no caminho certo para nos aniquilar.
Globalização
GALDÊNCIA BARCELOS FANTIN
Com o fenômeno moderno da globalização da economia as organizações estão buscando diferentes formas de cooperação para aumentarem a sua competitividade. O desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) aponta para uma intensificação do seu uso nas relações de negócios entre empresas, provocando alterações principalmente com relação à interação com o consumidor, na logística de obtenção dos suprimentos, na integração da cadeia de valor e na gestão do conhecimento. Nesse contexto, o conceito de organização virtual está sendo pesquisado como uma alternativa estratégica para aumentar os ganhos dentro de uma cooperação entre organizações. Este estudo apresenta a pesquisa realizada com empresas dos segmentos de tecnologia, empreendimentos turísticos e laboratórios de pesquisa na cidade de Florianópolis objetivando conhecer suas competências e formar o primeiro elemento da organização virtual: a plataforma. Diante da complexidade da identificação da competência essencial, esta foi considerada a partir de suas habilidades constituintes. A pesquisa estrutura um conjunto de informações com esse intuito e mostra o posicionamento de cada setor abordado de acordo com as características (vetores) mapeados. O trabalho contribui para o estabelecimento empírico e teórico de referências para outras regiões que, a exemplo de Florianópolis, escolheram desenvolver sua economia por meio de programas regionais, estabelecimento de parques tecnológicos, incubadoras e incentivos governamentais. Com isso, uma nova forma de desenvolver oportunidades, por meio da cooperação sistemática de competências complementares pode criar níveis cada vez maiores de excelência e competitividade acompanhando os requerimentos exigidos pela globalização econômica e pelos mercados de alta tecnologia.
PALAVRAS-CHAVE: Organizações virtuais. Cooperação entre empresas. Alianças. Corporação virtual. Competências empresariais. Competência essencial.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/intuitio/article/view/5978/4548
Davis
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
formas de resistências
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
O que querem saquear?
O novo bárbaro saqueia, por um lado, o novíssimo fascismo de mercado e, por outro, nossa mesquinha subjetividade cotidiana. O novo bárbaro é antifascista porque ama a manifestação da diferença, as mestiçagens de todos os tipos, não se horroriza com as experiências alternativas à pseudo normalidade sexual e escapa da cultura das identidades. Ele quer liberar a ação política de toda paranóia unitária e totalizante, quer fazer crescer mais a ação, a proliferação e a disjunção do que a hierarquização piramidal, prefere tudo que é positivo e múltiplo, escolhe o fluxo às unidades, opta, enfim, por tudo que não é sedentário, mas nômade no pensamento. Praticar a barbárie positiva é não precisar ser amargo para ser intelectual ou militante, não exigir que a política restabeleça os “direitos do indivíduo”, pois o indivíduo é, ele mesmo, produto do poder e, principalmente, como diz Foucault, não cair de amores pelo poder. Ou seja, não ansiar por nenhum tipo de poder.
Não desejar o poder, ou melhor, viver uma vida não fascista implica, portanto, num profundo ato de recusa que se manifesta nos mais diversos contornos de nomadismo, deserção e êxodo. Recusar-se a endossar a repressão intrafamiliar, evacuar nossa paixão pelo patriotismo e o regionalismo, com seus toques inevitáveis de racismo, abandonar a mitificação da preguiça, deixar de exaltar, viver e vestir a organização competitiva em grande escala dos mercados esportivos, nomadizar a angustia, a culpabilidade, a virilidade, a monogamia e o fatalismo. Se na modernidade a resistência se dava pelos mais diversos tipos de sabotagem à disciplina industrial e por uma oposição direta ou dialética de forças, em nossos tempos o ato de “ser contra” pode ser mais eficaz numa atitude oblíqua ou diagonal, operada por subtração, ou seja, uma completa deserção dos lugares de poder por meio da criação de modos de vida alternativos.